quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Enquete #O2 | Conclusão

A enquete foi:






Hoje, no Brasil se discute bastante sobre a legalização e sobre a descriminalização da Cannabis Sativa, vulgarmente conhecida como “Maconha”, e o rap, como uma das principais ferramentas de cunho social voltada à expressão da opinião do povo, abraçou essa temática e fala livremente sobre o assunto.
Sem sombras de dúvida, dentre os rappers, a maioria apoia uma futura legalização ou descriminalização da cannabis, mas existem também os grupos/rappers que são contrários a esta ideologia.
Segue alguns exemplos:


Eis o ret aceso, irmão
Na luz da perdição me encontro e pago o preço
Vou além, fumo um, subo e desço
Esclareço alguém, confundo alguns, desobedeço
Filipe Ret - Neurótico de Guerra


Eu sou o delta 9 tetra hidro canabinol
Gosto de tá na praia admirando o por do sol
E eu sei que dizem por aí que sou o beck do satã
Mas vendo muito mais que lecksotan
Oriente - Mister M (Nissim)



Leal chamo no walk-talk, "vem no pinote"
Pedro Lotto? vem com beat que eu chego igual o popó
Sem bafo de loló. sem crack, sem pó!
Só fumando maconha com uma loira de four

Costa Gold - Sem Cannabis (Predella)



Eu quero um baseado gigante
Que vai do Rio de Janeiro ate os andes
Passando a goma mais ou menos em Los Angeles
É o seguinte, 4e20, haxixe com kunk
Cone Crew Diretoria - Sem A Planta (Cert)


Eu canto assim porque fumo maconha
Adivinha quem tá de volta explorando sua vergonha
Querem outra "fallujah", mas tô quase na merma onda


Senhor das armas, vou carburando as bomba
Gutierrez - Deixa Eu Fumar



Vida longa a todo descendente da semente africana
O covarde anda armado por que na mão ele apanha
Seja forte você não precisa de maconha
De cá Pregador Luo, longe do alcool

Apocalipse 16 - Bam Bam Bam (Pregador Luo)





O importante é ter em mente que através da criminalização das drogas, muitos morrem. E na verdade, o que se diz “Guerra as Drogas” não faz sentido algum, pois não se faz guerra a “coisas”, somente se faz guerra a pessoas, e essas pessoas que são constantemente vítimas de violência são pobres e moradores de periferia. A polícia mata muito e morre muito, e ninguém sai vencendo dessa história.
Os problemas as drogas devem ser tidas como problemas de saúde, e não de segurança pública. Se alguém é viciado em determinada droga, precisa de ajuda médica, e não de porrada da PM fascista.

Repressão policial na Marcha da Maconha em 2011


E outra, é sempre bom lembrar que a estória de que “a maconha é a porta de entrada para outras drogas” não faz o mínimo de sentido, e quem se informa o mínimo sobre a cannabis, seus efeitos e suas mazelas (se existem), entende que é algo completamente inviável a pessoa X deixar de usar maconha e usar cocaína, pois são efeitos e sequelas completamente diferentes.

Fica aqui a nossa contribuição para que pensemos mais a cerca desse assunto, e possamos a partir de então, contribuir com a discussão de modo efetivo, respeitando sempre.

Viva o Rap! 

Escrito por: BRANKOBRAN

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